Para designar os tipos de jornalismo que há muito circulam por aí, há mais cores do que se possa imaginar. Revendo materiais arquivados encontrei um pouco sobre como o jornalismo foi pintado de marrom, rosa, etc.
Um artigo do jornalista Fernando Torres (2003), que está entre as publicações da versão on line do Observatório da Imprensa, fala sobre o surgimento da imprensa marrom. Conta inclusive que de início não era conhecida assim, a cor que lhe caracterizava era outra, mas o sentido continuou o mesmo. Conta o autor que no século XIX, o consumo de jornal nos lares americanos havia paralisado e que tal estagnação provocou reformas e modernizações, tudo em busca de novos leitores. A disputa era acirrada entre William Hearst e Joseph Pulitzer, dirigentes dos rivais New York Journal e World, respectivamente. Em 1895, Pulitzer criou o personagem Yellow Kid (Garoto Amarelo), com a finalidade de retratar histórias cavernosas do governo e ocorrências nas favelas. A concorrência intensificou-se, em 1896 Hearst comprou o garoto da camisa amarela e tornou-o símbolo do seu jornal, surgindo assim a Yellow Press. (no Brasil, denominado de imprensa marrom, o termo foi criado por jornalistas do “Diário da Noite”, do Rio de Janeiro, eles decidiram que amarelo era uma cor suave demais para designar este tipo de imprensa).
Já o cor-de-rosa é muito mais publicidade do que propriamente jornalismo. Na tentativa de disfarçar a notícia através de matérias pagas, a visão mercadológica é mais privilegiada que o interesse público. Atentemos para o fato de que o jornalismo cor-de-rosa além de trazer prejuízo à notícia/informação, ainda propaga e estimula práticas consumistas. Imagine como fica o leitor que abre o jornal para saber quais os principais acontecimentos e depara-se com um verdadeiro catálogo, cheio de ofertas dos mais variados produtos. No mínimo, perplexo, no máximo alienado e privado de um direito.
E assim passeia-se por um verdadeiro arco-íris de cores que ao longo da história serviram para designar as práticas da imprensa. Nessa aquarela falta criar o jornalismo em tons crus (o que para a moda significa neutralidade), assim poderíamos atrelá-lo às práticas responsáveis e a um jornalismo sério e comprometido com o leitor.
Um artigo do jornalista Fernando Torres (2003), que está entre as publicações da versão on line do Observatório da Imprensa, fala sobre o surgimento da imprensa marrom. Conta inclusive que de início não era conhecida assim, a cor que lhe caracterizava era outra, mas o sentido continuou o mesmo. Conta o autor que no século XIX, o consumo de jornal nos lares americanos havia paralisado e que tal estagnação provocou reformas e modernizações, tudo em busca de novos leitores. A disputa era acirrada entre William Hearst e Joseph Pulitzer, dirigentes dos rivais New York Journal e World, respectivamente. Em 1895, Pulitzer criou o personagem Yellow Kid (Garoto Amarelo), com a finalidade de retratar histórias cavernosas do governo e ocorrências nas favelas. A concorrência intensificou-se, em 1896 Hearst comprou o garoto da camisa amarela e tornou-o símbolo do seu jornal, surgindo assim a Yellow Press. (no Brasil, denominado de imprensa marrom, o termo foi criado por jornalistas do “Diário da Noite”, do Rio de Janeiro, eles decidiram que amarelo era uma cor suave demais para designar este tipo de imprensa).
Já o cor-de-rosa é muito mais publicidade do que propriamente jornalismo. Na tentativa de disfarçar a notícia através de matérias pagas, a visão mercadológica é mais privilegiada que o interesse público. Atentemos para o fato de que o jornalismo cor-de-rosa além de trazer prejuízo à notícia/informação, ainda propaga e estimula práticas consumistas. Imagine como fica o leitor que abre o jornal para saber quais os principais acontecimentos e depara-se com um verdadeiro catálogo, cheio de ofertas dos mais variados produtos. No mínimo, perplexo, no máximo alienado e privado de um direito.
E assim passeia-se por um verdadeiro arco-íris de cores que ao longo da história serviram para designar as práticas da imprensa. Nessa aquarela falta criar o jornalismo em tons crus (o que para a moda significa neutralidade), assim poderíamos atrelá-lo às práticas responsáveis e a um jornalismo sério e comprometido com o leitor.